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História de Juquitiba

História de Juquitiba 

Segundo Historiadores, o Município de Juquitiba teve sua origem ligada a um aldeamento indígena surgido no século XVI, ficando às margens dos ciclos econômicos internos que caracterizam a economia política dos séculos XVII e XIX: os ciclos dos muares.
O ciclo do açúcar não atingiu a serra, porque esta é muito fria e úmida; o ciclo do café que projetou São Paulo na economia nacional, também não atingiu essa área pelos motivos climáticos, pois é uma região submetida a constantes geadas no inverno.
Por volta de 1.887, incentivado pela religiosidade de sua mulher D. Francisca Maria da Penha, o Sr. Manuel Jesuíno Godinho, no dia dedicado a todos os santos, 1º de novembro de 1887, doaram cerca de dois alqueires de terras em torno a uma capela que construíram sob a invocação de Nossa Senhora das Dores para constituição do patrimônio da referida capela, o qual por sua vez deveria ser cedido gratuitamente àqueles que quisesse construir suas residências, bem como a madeira necessária às construções, tudo conforme se verifica na escritura de doação lavrada pelo então Tabelião de Itapecerica.


De Capela Nova para Juquitiba

Com a construção da capela dedicada à Virgem Maria o local passou a ser conhecido como Capela Nova da Bela Vista do Juquiá, denominação que perdurou até 27 de dezembro de 1907, quando pela Lei Estadual nº 1.117, promulgada pelo então Presidente do Estado de São Paulo, Jorge Tibiriçá, foi criado o Distrito de Paz de Juquitiba, com sede na povoação denominada Bela Vista do Juquiá. Daí em diante passou-se a denominar Juquitiba, cujo nome de origem indígena, que segundo se diz quer dizer "Terra de muitas águas".
No início do século passado, em 1903, o Engenheiro Henrique Boccolini tomou a iniciativa de projetar uma estrada de ferro que deveria ligar a Capital de São Paulo à Curitiba, no Paraná, sendo que seu primeiro trecho seria de São Paulo à Santo Antonio do Juquiá, atual Juquiá, passando pela então localidade conhecida como Capela Nova, fundando a Empresa de Colonização sul-Paulista, sediando aqui os trabalhos técnicos da referida empresa, que não foi adiante por não conseguir o capital necessário à consecução do projeto em face da descrença prevalente na época por não ser esta uma região cafeeira.
A vida do então distrito de Juquitiba prosseguia com suas atividades limitadas, pela falta de meios de comunicação e a população, na maioria lavradores, vivia da cultura de subsistência e a criação de suínos, vendendo o excedente nos mercados de Itapecerica da Serra e de Santo Amaro, sendo que os os produtos eram transportados por mercadores através de tropas de muares, cujo percurso por caminhos íngremes demandavam dias, obrigando os cargueiros a pernoitarem com os animais em diversos pousos existentes, como o atual "Paiol do Meio", cuja denominação permanece até hoje, no vizinho bairro do município de São Lourenço da Serra.
Em 1948, o Prefeito Municipal de Itapecerica, João Ferreira Domingues, aproveitando a estrada que a Companhia Siderúrgica havia aberto até certa altura do município, prosseguiu com a construção da estrada até Juquitiba, que permitiu assim o tráfego de caminhões que na maioria transportavam madeiras e carvão, este último muito usado na época da segunda guerra como combustível (gasogênio) o que fez a região experimentar um efêmero progresso. A transferência da antiga estrada de Itapecerica em 1952 para o Departamento Estadual de Estrada de Rodagem, trouxe novas melhorias para aquela via pública.
Mas foi após a construção da Rodovia Régis Bittencourt, antiga BR-2, atual BR-116, que a localidade experimentou condições do distrito pleitear a sua emancipação político-administrativa, o que motivou alguns cidadãos a empreenderem árdua mas bem sucedida empreitada, destacando entre eles Eduardo Bambi, João de Souza Leitão, Antonio Pereira da Silva (Antonio Candinho), Elexandre Bambi, Padur Abes, já falecidos, Leônidas Bittencourt Gama, com 83 anos de idade e Jorge Marcelino da Silva, com 77 anos de idade.


A Emancipação

A emancipação político-administrativa de Juquitiba, desmembrando-se de Itapecerica da Serra, ocorreu em 28 de fevereiro de 1964, por força da Lei nº 8.092, sancionada pelo então Governador do Estado Ademar Pereira de Barros, porém o dia do aniversário do Município é comemorado em 28 de março, data em que em 1965 tomaram posse os seus primeiros governantes: Padur Abes, Prefeito, Antonio Pereira da Silva (Antonio Candinho), Vice Prefeito e os Vereadores Eduardo Bambi, Antonio Pereira Soares, João de Souza Leitão, Leônidas Bittencourt Gama, Moyses Antonio Pires, Pedro Vieira Pinto, Raul Soares, Julião da Conceição Valle e Isutomu Kakuma.


Outros Prefeitos

Tiveram ainda assento no Executivo Municipal os seguintes Prefeitos: Juarez Leite Moreira, Duvílio Gregorini, José Geraldo, Duvílio Gregorini (segundo mandato), José Victor Vieira, Nelso Moreira, Ayres Scorsatto (dois mandatos consecutivos), Roberto Silval Rocha, Maria Aparecida Maschio Pires e o atual Prefeito Franscisco de Araújo Melo sendo seu vice Roberto de Oliveira.


Cronograma Histórico

1855 a 1887- Juquitiba era conhecida como Bairro de São Lourenço
1887 a 1907- A localidade ganhou a denominação Capela Nova da Bella Vista do Juquiá.
1903 - O Engº  Henrique Bocolline projeta Estradas de ferro que ligaria a Capital ao Estado do Paraná. (não houve capital para execução do projeto);
1907 - Pela Lei nº 1.117, oficializou-se o nome Juquitiba;
1909 - No bairro das Palmeiras em um galpão originou-se a 1ª escola.
1948 - A Prefeitura de Itapecerica da Serra construiu a 1ª estrada que a ligava a Juquitiba, momento em que se passou a produzir carvão vegetal com intensidade;
1957 - Foi construída pelo Governo Federal a BR-2, hoje BR-116 - Régis Bittencourt, que tem a importância de ser a Rodovia do Mercosul;
1964 - Em 28 de Fevereiro, através da Lei nº 8.092, Juquitiba foi emancipada de Itapecerica da Serra;
1965 - Em 28 de Março toma posse o 1º Prefeito Sr. Padur Abes;
1966 - Chega em Juquitiba a energia elétrica. 
Hoje, o Município se prepara para concretizar sua vocação, que através da Deliberação Normativa de nº 408 de 03.09.99, da Embratur e Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo, onde está caracterizado como "MUNICÍPIO TURÍSTICO". A Cidade possui um dos mais belos e significativos trechos protegidos da Mata Atlântica do País, com suas Cachoeiras, rios e diversas espécies da Fauna e Flora, inclusive muitas ameaçadas de extinção. 


Informações do Município 

LOCALIZAÇÃO: Região Sudoeste da Grande São Paulo e região sudeste do Estado de São Paulo
DISTÂNCIA: 71 Km da Capital (Marco Zero da Praça da Sé)
ACESSO: Rodovia Régis Bittencourt - Br 116, km 326 - (Rodovia do Mercosul);
MUNICÍPIOS LIMITRÓFES: Norte: Embu Guaçú e São Lourenço da Serra; Leste: São Paulo; Sudeste: Itanhaém: Sul: Pedro de Toledo, Sudoeste: Miracatu; e Oeste: Ibiúna.
RELEVO DA REGIÃO: Montanhosa
CLIMA: Ameno (Temperatura Anual 18º); 
Temperatura máxima: 35º graus. 
Temperatura Mínima: 4º graus
ALTITUDE: 728 metros 
Ponto mais alto: 900 metros (Bairro das Laranjeiras)
Ponto mais baixo: 550 metros (Bairro do Engano)
LATITUDE: 23º 55` 59”
LONGITUDE: w 46º 04` 10”
ÁREA: 522 Km2 
Urbana: 250 Km2 
Rural: 272 Km2
SIGNIFICADO DE JUQUITIBA: Em Tupi-Guarani (YU-KU-I-TIBA)
“TERRA DE MUITAS NASCENTES”
POPULAÇÃO: 30.239 (Censo IBGE/ ano 2013)
ESTRADAS VICINAIS: 2.900 Km;
CEP: 06950-000
DDD: 011
DATA DE FUNDAÇÃO: 28/02/64
DATA DE ANIVERSÁRIO DA CIDADE: 28/03
PADROEIRA DA CIDADE: Nossa Senhora das Dores
UNIDADE DE CONSERVAÇÃO:
-Área de Proteção Ambiental Estadual da Serra do Mar;
-Reserva da Biosfera da Mata Atlântica;
-Protegido 100% pela Lei de Mananciais (898/76);
-Patrimônio Natural da Humanidade UNESCO (Organização das Nações Unidas para Educação a Ciência e Cultura);
-Proximidade e acesso principal ao Parque Estadual do Jurupará – (divisas com Município de Ibiúna e Miracatu).
-Cobertura vegetal = 67%

Fonte: http://www.juquitiba.sp.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=69&Itemid=67

Acesso em: 13/08/2014